Sem lombada eletrônica, Rota do Sol ganha mais um trecho perigoso em Caxias

Se Rota do Sol já tinha 16 pontos considerados de alto risco para motoristas e pedestres em Caxias do Sul, a lista ganhou o acréscimo de mais um trecho: o Km 142 no bairro Santa Fé, sem monitoramento de uma lombada eletrônica há quase sete meses.

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O temor de que a ausência do equipamento impulsionaria acidentes se confirmou na noite terça-feira com a morte de um empresário na colisão entre uma caminhonete e um caminhão. O acidente aconteceu poucos metros após o viaduto sobre o entroncamento da Avenida Doutor Mário Lopes com a Rua Olímpio Susin.

Segundo familiares, o empresário Gilberto Paulo Glowacki, 42 anos, voltava para casa numa caminhonete. Por volta das 21h30min, ele cruzou a pista para acessar o Santa Fé e se envolveu no acidente com um caminhão carregado de porcos, que seguia pela estrada no sentido Farroupilha-Caxias. Gilberto morreu preso às ferragens, e deixou esposa e três filhos. O motorista do caminhão não se feriu.

A lombada funcionou até o dia 15 de janeiro, quando encerrou o contrato entre o Estado e a empresa responsável. Com o monitoramento, a velocidade na rodovia se limitava a 60 km/h, facilitando a travessia de pedestres e o cruzamento de outros veículos de um bairro a outro, tanto no trevo após o viaduto como nos acessos secundários para o Santa Fé e Centenário.

Desde a remoção da lombada, os veículos passam pela rodovia em alta velocidade. Na década passada, atropelamentos e colisões fatais eram frequentes. Morando às margens da rodovia desde os anos 1990, a dona de casa Ivanete Ferreira, 41, descreve como é a sensação agora:

- Caminhões e carros passam voando. A casa treme toda. Está bem diferente de antes, e temos medo de mais acidentes.

O Daer informou que uma nova lombada no Km 142 estava incluída num lote que abrangia a BR-470. Com a federalização daquela estrada, a licitação foi suspensa e um novo estudo está sendo encaminhado.

Além da área onde havia uma lombada, os moradores do Santa Fé convivem com os riscos no trevo de acesso em frente ao antigo Posto São Luiz, entre o Km 141 e 142. Juntos, os dois trechos registraram 252 acidentes com seis mortos e 138 feridos desde janeiro de 2010, de acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar.