Prestes a completar 10 anos de atividades, o Centro Educativo Coração de Maria, no bairro Reolon, em Caxias do Sul, tem os serviços prejudicados por conta de problemas estruturais no prédio. A instituição oferece serviços de convivência e fortalecimento de vínculos a jovens de seis a 15 anos que vivem em situação de vulnerabilidade social.
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Entre as atividades, que ocorrem no turno inverso ao da escola, estão oficinas de música, leitura, grafite, mosaico e rodas de conversa. Atualmente, cerca de 160 crianças são atendidas em um imóvel que foi cedido pelo estado ao município. O prédio foi construído há 25 anos e foi reativado em outubro de 2005, quando o centro educativo entrou em funcionamento.
Uma inspeção realizada pela prefeitura em outubro do ano passado, porém, apontou que o prédio tem problemas graves na estrutura. As instalações elétrica e hidráulica são as mais danificadas. Tanto que é preciso controlar o uso de equipamentos elétricos na cozinha para não sobrecarregar a rede.
O serviço é mantido pela Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria em parceria com a Fundação de Assistência Social (FAS). Em junho, as duas entidades iniciaram uma negociação para tentar solucionar o problema. As propostas iniciais do município era de que as irmãs construíssem um novo imóvel ou realizassem o investimento por meio de um acordo de permuta. As propostas foram rejeitadas pela congregação, que alega não ter como investir mais no centro.
Atualmente, segundo a diretora do centro, irmã Morgana Garcia, a entidade gasta cerca de R$ 500 mil no pagamento dos educadores e da alimentação. A FAS arca com as despesa do prédio, como água e luz. De acordo com a presidente da FAS, Marlês Andreazza, a prefeitura avalia agora se uma reforma pode ser realizada via Secretaria da Educação, que assumiria a responsabilidade por parte do município.
- A Secretaria de Educação vai verificar o espaço, vai ver se é possível se adequar às normas da educação e fariam a reforma e todas as mudanças possíveis. Se a educação achar que o prédio não fecha com as normas exigidas, nós iremos procurar recursos - explica.
Durante as obras as crianças precisam ficar em outro espaço, que ainda não está definido. O custo também não foi apontado e a estimativa é de que o trabalho dure, pelo menos, seis meses.
Enquanto isso, a instituição se prepara para as comemorações de 10 anos em outubro, quando também deve terminar o contrato com a congregação. Se a reforma for realizada, o convênio deve ser renovado por mais um ano. Depois será preciso nova licitação, em cumprimento ao novo marco regulatório da Assistência Social.