A audiência pública que discutiu a chamada taxa de disponibilidade cobrada por obstetras em Caxias do Sul, na noite da segunda-feira, foi marcada pelo debate acalorado e também por um bate-boca entre público, vereadores e o presidente do Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul, Marlonei Santos.
A briga começou após uma advogada ocupar o microfone para se pronunciar contra a taxa de disponibilidade, defendendo as gestantes que atende e que já pagaram valores extra para os profissionais da saúde realizarem partos. Ela denunciava a falta da emissão de notas fiscais por parte dos médicos quando foi interrompida por Santos.
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Santos rebateu enquanto a advogada ainda se pronunciava, e foi rebatido pelo vereador Rafael Bueno, do PC do B, que pediu que o médico esperasse sua vez para falar. O presidente e o político bateram boca e trocaram acusações, em tom de voz elevado, prendendo a atenção do público.
Santos preferiu ir embora da audiência pública, e saiu vaiado pelo público.
- Aqui tu não faz falta nenhuma - gritou uma das participantes da plateia.
O médico respondeu a uma das mulheres:
- Então tá, te espero lá fora.
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