A situação financeira do hospital Pompéia em Caxias do Sul está no limite. Devido ao corte de R$ 300 milhões no orçamento do Estado, a instituição deixou de receber R$ 6 milhões em 2015. Outro fator que impacta no equilíbrio financeiro do hospital é o corte do Ministério da Saúde, que somou R$ 12 bilhões.
De janeiro a abril, o Pompéia acumula prejuízo de R$ 700 mil mensais. Se até o final deste mês, os governos estadual e federal não repassarem recursos à instituição, não há como evitar a redução de leitos de UTI adulto e neonatal e de leitos de enfermaria.
De acordo com o superintendente do Pompéia, Francisco Ferrer, o hospital não consegue manter o equilíbrio financeiro se não cortar gastos. Ferrer ressalta que atualmente 75% dos atendimentos da instituição são referentes a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), quando a lei determina 60%.
- Não é o que o hospital quer. Mas se não obtermos uma reposta rápida dos governos estadual e federal, não há como manter os serviços prestados. É preciso sensibilidade e vontade política do Estado e da União para reverter a situação. Se não ocorrer um retorno positivo, teremos que reduzir leitos de enfermaria e de UTI, e alterar o quadro funcional do Pompéia - afirma Ferrer.
A possibilidade de redução de leitos e a readequação do quadro funcional já foi apresentada ao Governo do Estado.
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