
A ERS-122 foi a rodovia campeã de acidentes e de mortes entre as rodovias estaduais do Rio Grande do Sul em 2014. Ao todo, foram 957 acidentes com 32 mortos e 499 feridos, índice que representa 7,46% de todas as ocorrências registradas em rodovias administradas pelo Estado no ano passado.
Em segundo lugar está outra rodovia que passa pela Serra, a ERS-324, que liga a região de Nova Prata ao norte do Estado. A estrada teve no ano passado 829 acidentes com 23 mortos e 440 feridos.
Em 2015, a ERS-122 segue liderando as ocorrências, seguida da RSC-453 e ERS-324. Até esta quarta, segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), a ERS-122 teve 400 acidentes com 8 mortos e 231 feridos, índice pouco menor em relação ao mesmo período do ano passado, quando haviam sido registrados 425 acidentes.
Tanto em 2014 quanto neste ano, o ponto campeão de ocorrências na rodovia é o quilômetro 61, em Farroupilha, no entroncamento com a RSC-453, na saída para Porto Alegre. O ponto é conhecido como trevo da Tramontina. No ano passado, 48 acidentes foram registrados no trecho. Em 2015, até agora, foram mais 19.
Conforme o comandante do Grupo Rodoviário de Farroupilha, sargento Renato Galvani, o trecho entre Caxias e Farroupilha conta com mais de 30 retornos. Essa característica, aliada à imprudência de motoristas, como a alta velocidade, contribuem para o alto índice de acidentes, especialmente no quilômetro 61.
- Os veículos que vêm de Caxias em direção a Porto Alegre, acabam parando em cima da pista, porque o refúgio ali é muito curto. E no sentido contrário, para retornar a Farroupilha, fica uma fila de veículos na pista da esquerda. O veículo da esquerda abre para o próximo passar e acaba não vendo o que vem da direita, então acontecem os abalroamentos. São imprudências - avalia.
Um projeto que prevê a construção de uma rotatória ou de uma elevada no trecho aguarda aprovação do Departamento de Estradas de Rodagem (Daer). O segundo ponto da ERS-122 que mais registrou acidentes no ano passado foi o km 69, em frente à Vidroforte. Já em 2015, o segundo lugar fica com o km 80, na saída de Caxias para Flores da Cunha. Apesar disso, os acidentes mais graves costumam ocorrer nos trechos de Serra, como a Curva da Morte. Por esse ponto passam, por dia, de 25 mil e 28 mil veículos.
Para tentar reduzir os índices, policiais rodoviários têm intensificado o uso de radar fotográfico nos pontos críticos. Segundo Galvani, o número de acidentes graves caiu entre 20% e 25% em 2015 em relação ao ano passado. Desde esta terça-feira equipes do Daer também trabalham na instalação de um pardal na Curva da Morte.