Se dependesse da avaliação dos 23 parlamentares de Caxias do Sul, o projeto de lei que institui o voto distrital para vereadores em cidades com mais de 200 mil habitantes seria vetado. Para 15 dos integrantes da Casa, a ideia é inviável. Apenas três apoiam a proposta, aprovada quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e cinco não tinham conhecimento da proposta ou não souberam opinar.
Segundo o projeto, o município seria dividido em distritos pelos Tribunais Regionais Eleitorais. Os candidatos eleitos seriam os mais votados em cada uma dessas partes. No sistema em vigor hoje, os vereadores recebem votos de urnas de todo o município. De acordo com o sistema proporcional, em vigor atualmente, os votos recebidos por um candidato podem ajudar a eleger outros do mesmo partido ou coligação. O número total de votos válidos é que define a quantidade de vagas a que a legenda terá direito. O projeto aprovado quarta-feira na CCJ prevê que o partido ou coligação poderá registrar apenas um candidato a vereador por distrito e que cada vereador terá direito a um suplente.
Aprovada pela Comissão, a proposta agora será encaminhada direto para a Câmara dos Deputados, caso não haja nenhum recurso para que o texto seja analisado pelo plenário do Senado. Se a matéria for aprovada no Congresso até outubro deste ano, pode valer nas próximas eleições, em 2016, quando serão eleitos prefeito e vereadores.
A reportagem perguntou a opinião de todos os vereadores de Caxias do Sul, cidade com mais de 400 mil habitantes e que, por isso, se enquadraria na nova norma.
Abaixo, confira o que pensam os parlamentares:
Polêmica
Maioria dos vereadores de Caxias do Sul é contra o voto distrital
Segundo projeto de lei aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, as cidades seriam divididas em distritos e os eleitos, os mais votados em cada parte
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