Estado teria sugerido fechar serviço de radioterapia do HG, em Caxias

Em funcionamento desde 10 de agosto do ano passado, o serviço de radioterapia da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) do Hospital Geral (HG) foi alvo de divergência entre prefeitura e Estado. Ao questionar a falta de repasse do Estado que teria acumulado dívida de aproximadamente R$ 1 milhão para a manutenção do serviço, a secretária de Saúde Dilma Tessari foi informada que a prefeitura deveria encerrar o atendimento, já que o Estado não teria condições de efetuar os repasses, diante da situação financeira do Estado. 

- Não recebemos nenhum centavo desde que o Sartori assumiu, e havia uma dívida anterior. Não é justo com o município, já que 57% dos pacientes são caxienses e o restante chega de cidades vizinhas - defende o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT).

Em agosto do ano passado, uma
resolução da Secretaria Estadual de Saúde aprovou o aporte financeiro a Caxias para custeio da radioterapia do HG, com solicitação ao Ministério da Saúde de recursos de R$ 172,6 mil/mês ou R$ 2 milhões/ano, a ser incorporado ao teto MAC (média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar). Até agora, não houve avanço no repasse. De acordo com informações da Rádio Gaúcha, resta ao Estado encaminhar dados técnicos ao governo federal para que o serviço de radioterapia da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) de Caxias do Sul seja credenciado e possa receber repasses da União.

Segundo o prefeito, a versão de que o HG poderia encerrar as atividades de radioterapia foi dita pelo diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial do Estado, Alexandre Brito. Ao Pioneiro, por meio de assessoria, ele negou e disse que "respeita a administração e sabe que depende dela os investimentos para manutenção do serviço".

- Não vamos deixar de atender a essas 100 pessoas com câncer - prometeu .

Segundo Alceu, o Estado deve encaminhar, mensalmente, R$ 172 mil para a radioterapia.