Os tiros que feriram um homem na Praça João Pessoa, em Caxias, mostram que a insegurança da praça chegou ao ápice: ao meio-dia, horário de grande movimento de carros e pedestres,Will Sangenbuschi, 26 anos, foi alvejado quando estava sentado em um dos bancos. A tentativa de homicídio à luz do dia trouxe de volta a reivindicação da comunidade por ações de segurança mais efetivas.
Comerciantes das redondezas são enfáticos: os problemas são históricos. Homens e mulheres embriagados ou drogados fazem da praça o seu recanto. Alguns afirmam observar até a venda de entorpecentes. Pequenos assaltos, de bolsas ou celular, são comuns. Antes da construção dos novos banheiros era ainda pior. As antigas instalações serviam a prostituição.
- Esses dias uma moça andava a esmo pela praça e depois dormiu a tarde em um banco. Há alguns meses, uma idosa pediu ajuda porque teve a bolsa roubada. Em duas semanas, dois meninos andavam com o celular e tiveram o aparelho roubado. Eles pegam e saem correndo, depois não se acha mais - relata a funcionária de um estabelecimento comercial.
A comunidade pede a presença mais efetiva da Brigada Militar e da Guarda Municipal para inibir os delitos.
- É um absurdo não ter um guarda municipal permanentemente aqui. A praça é cercada por lotéricas, comércio. Há três escolas (La Salle, Pena de Moraes e São Carlos) e uma faculdade (Anhanguera) nos arredores. Todo esse pessoal circula aqui - desabafa um morador.
O comandante do 12º BPM, tenente-coronel Ronaldo Buss, diz que a João Pessoa recebe patrulhamento, mas admite que a BM não tem condições de manter policiais exclusivamente na praça.
- As viaturas fazem patrulhamento, mas atendem a ocorrências também. Não tenho como manter um policial parado 24 horas por dia ali. É nesse lapso, quando a polícia não está, que as coisas acontecem. Precisamos da ajuda das pessoas, que elas liguem para o 190 quando verem algo suspeito. Trabalhamos com a pronta-resposta, a viatura sai e verifica o delito - justifica.
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