Integração foi a palavra de ordem durante a Copa das Etnias, organizada pela prefeitura de Caxias em parceria com o coletivo Facção Sul Hip Hop Caxias do Sul. A competição de futsal começou na manhã deste domingo, reunindo oito times representantes de Uruguai, Senegal, Chile, Índios, Bolívia, Haiti, Peru, além do Brasil. Os jogos seguem até o fim da tarde deste domingo, quando o vencedor será conhecido. Mas, apesar da rivalidade que o próprio esporte sugere, o espírito de harmonia é que tem dominado quadra e arquibancadas do Centro Municipal de Esporte e Lazer Prof. Joel Bastos de Souza, o Enxutão.
- A ideia era juntar não só os jogadores, mas sim famílias, namoradas, amigos, e que eles tivessem espaço para conversar. Queremos fortalecer amizades entre etnias, aproveitar as diferenças de cada um - explica Diva Molon, 52 anos, que trabalha nos Correios e foi a idealizadora da copa, junto com o filho e o pessoal do Facção Sul.
A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, que abraçou a ideia de Diva, forneceu estrutura, arbitragem e desenvolveu um regulamento junto com os participantes da copa.
- Esporte é uma ferramenta muita importante de integração, as portas do esporte estão sempre abertas - comentou Rafael Baungarten, diretor técnico da Smel e ex-jogador de futebol profissional.
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Entre os jogadores dentro de quadra, a competividade ganhava sotaques e tons de pele bem distintos. Por vezes, alguma discussão se ensaiava, com cada jogador falando o idioma de sua terra de origem: retrato de Caxias do Sul em tempos de crescente imigração.
- Está sendo muito legal para fazer amizades e conhecer outras culturas. Comenta o senegalês Papa Garang Mbaye, 26, morador de Caxias há quase dois.
- Às vezes sofremos preconceito na cidade, mas a gente não dá bola, somos todos irmãos - resume ele, revelando a tônica da iniciativa.
Integração
Caxias realiza Copa das Etnias neste domingo
Jogos entre oito equipes ocorrem no Enxutão até o fim da tarde
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