* Márcia Dorigatti (interina)
As pressões estão por todos os lados. Especialistas dizem que, com o mundo moderno, as pessoas devem se adaptar à rapidez com que as coisas acontecem, seja no trabalho ou na família. Você tenta vencer tudo isso e realiza o sonho de ser mãe - mais uma pressão.
E, então, a sua vida é dividida e precisa dar conta porque alguém muito especial depende de você. Depois de alguns anos, chega o momento de o casal refletir se o que deseja é dar um irmão ao primogênito.
As pessoas opinam o tempo todo, é incrível. Se a criança tem pouca idade, algumas dizem que o melhor é criar os dois com faixas etárias parecidas; se passam alguns anos, é porque um vai ser bem mais velho do que o outro e não vão brincar juntos. Estão em jogo o tempo e a atenção necessários e o dinheiro para comprar brinquedos e roupas, pagar a escola, propiciar a prática de esportes, prover a alimentação e a saúde.
O casal precisa saber exatamente se irá dar conta de tudo isso. Talvez precise fazer várias horas-extras ou conseguir mais um trabalho. Há ainda aqueles que dizem que onde comem dois, comem três, mas mesmo você ensinando que não dá para ter tudo, a criança vai crescendo e vai querendo outras coisas, como a bicicleta com o personagem que ela deseja, o tablet com jogos e vídeos, o videogame e até jogos educativos, como o velho quebra-cabeça e o lego.
Se não for filho único, a criança terá um irmão para aprender a dividir tudo isso. Saberá que cada um tem a sua vez e que futuramente terá um companheiro para ir às festas e nos bate-papos entre amigos. Quando crescer, terá a chance de ter muitos sobrinhos e olhar com orgulho para a família que ajudou a construir.
Por outro lado, um amigo resolveu ter apenas uma menina, pois, se tivesse o segundo filho e ela decidisse morar fora do país, o casal continuaria com um filho "único" dentro de casa.
É compreensível que a sociedade esteja dividida, pois há alguns anos, a mãe ficava em casa cuidando dos filhos e do lar e, agora, precisa ir à luta e contribuir para o sustento da família.
O momento é de esperar e ver quando nos sentiremos preparados ou quando o meu Gabriel, que faz cinco anos no mês que vem, começar a cobrar por um irmão.
* O colunista Gilberto Blume está em férias
Opinião
Márcia Dorigatti: Estão em jogo o tempo e a atenção necessários para se pensar em ter o segundo filho
As pressões estão por todos os lados
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