Foi comovente observar centenas de pessoas trajando branco em marcha até a casa dos familiares de Henrique dos Santos Muniz.

Entre 19h30min e 20h de terça, as principais ruas do São Caetano e do Esplanada convergiam para o Super Crisan, onde Henrique trabalhava e onde Henrique foi mortalmente baleado numa frustrada tentativa de assalto.
É bacana ver a população organizada, protestando, exigindo justiça, clamando por paz e por segurança, pedindo que a verdade emerja, doa a quem doer.
A mobilização popular faz enorme falta na pauta cidadã brasileira.
Não é porque faltam motivos que o cidadão brasileiro deixa de ir às ruas protestar. Pelo contrário, motivos há de sobra:
- Insegurança
- Péssima educação pública
- Promessas eleitorais descumpridas
- Reajustes inexplicáveis
- Corrupção
- Má gestão pública
- Falta de transparência
- Serviços ineficientes
Um dia o brasileiro ainda vai se arrepender de não ter saído às ruas para exigir sequer a cesta básica da cidadania.
Na modesta opinião deste que vos fala, o prazo de validade do respeito ao cidadão está prestes a se esgotar.
Leitor do Pioneiro ligou ontem denunciando que há postos reajustando o etanol.
Não duvidemos, enquanto o brasileiro estiver vestido de cordeiro, tudo é possível, inclusive nada acontecer.
A esculhambação que domina o Sine de Caxias é mais um retrato do desrespeito com que as autoridades do país tratam o brasileiro.
As duas pontas da economia estão ruindo a olhos vistos: o país estagnou em emprego e desenvolvimento; não bastasse, trata exageradamente mal o trabalhador em apuros no momento em que ele mais precisa de apoio.
Justificar o não atendimento dos trabalhadores desempregados alegando falhas no sistema é assinar um decreto de incompetência.
Gestores públicos, estamos em 2015, não é mais permitido conviver por três dias consecutivos com falhas num sistema.
Vai um protesto aí?