Pombos serão removidos das praças do Centro de Caxias em fevereiro

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) colocará em prática na segunda quinzena de fevereiro o plano de remanejo dos pombos anunciado no ano passado. O trabalho começará na Praça Dante Alighieri, no Centro, e na Praça João Pessoa, no São Pelegrino.

Técnicos da Semma irão manusear aparelhos chamados lança-rede portátil, canudos de alumínio que abrigam cápsulas de ar comprimido. São essas cápsulas que, quando acionadas, impulsionam o arremesso da rede. As cápsulas são descartáveis e responsáveis por jogar as redes até 30 metros longe. Desta forma, o técnico não precisa se aproximar das aves, o que evita a revoada. Pequenos grupos de pombas, número que varia de 30 a 50, são capturadas com a rede, cuja malha fina não deve machucá-las.
A equipe da Semma transportará as aves até a área rural. O secretário Adivandro Rech prefere não adiantar o ponto, mas revela que o espaço fica a pelo menos 40 quilômetros da área urbana. 

- Podemos não agradar todo mundo, mas do jeito que está, não dá. Recebemos inúmeras reclamações de moradores do Centro que relatam casos em que o cimento dos prédios até derrete com as fezes das pombas - detalha Rech.

As pombas ficarão em cativeiros. Segundo Rech, serão alimentadas e permanecerão presas por pouco tempo. Quando soltas, não voltarão à cidade, acredita a equipe da Semma. Ele também afirma que os bichos não serão exterminados. O investimento da compra dos equipamentos é de R$ 8 mil. O método de captura com redes é o mais econômico e fácil de executar, garante.

- Existe o falconismo (falcoaria), extremamente caro, e também o método anticoncepcional, também caríssimo e difícil de ser feito. Nossa intenção é apenas equilibrar o número de número de pombas, sem feri-las ou matá-las. Elas estão se espalhando por toda a cidade - defende.

O processo será conduzido lentamente e com intervalos entre cada captura. A população de pombos não pode ser removida de uma única vez porque os animais percebem e, instintivamente, aumentam as taxas de reprodução, uma resposta natural contra a ameaça de extinção.