Jardineiros da prefeitura de Caxias do Sul recolheram mais de 70 pombos mortos na Praça Dante Alighieri, em Caxias, entre segunda e terça-feira. O número confirmado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) pode ser maior pois os bichos tendem a padecer em outros pontos.
O titular da pasta, Adivandro Rech, revelou que havia farelo de milho (quirera) espalhado pela praça. Três animais mortos e amostras da substância foram recolhidos para análise.
O ataque com veneno acontece um mês antes de a prefeitura colocar em prática o plano de capturar e levar os bandos para fora da cidade. A ideia é usar redes para prender os pombos e transportá-los até uma área pública reservada. Lá, os bichos passarão por processo de adaptação. A captura levará meses, e a tendência é diminuir consideravelmente a fauna na área central estimada em mais de 5 mil aves.
- Quem alimenta os pombos atrapalha, quem mata também. Não precisavam ter feito isso de novo pois temos um plano de manejo que seria iniciado no final de janeiro para transferir as aves - lamenta o secretário, que só revelará onde ficará a nova morada das aves após concluir a liberação do espaço.
A investigação ficará sob a responsabilidade do 1º Distrito Policial (1º DP), que não conseguiu encontrar os autores do extermínio registrado entre dezembro de 2012 e abril de 2013. Na época, 160 aves apareceram mortas em dias diferentes depois de comerem farelo envenenado em grandes quantidades.
Vigilantes que cuidam do presépio de Natal na Praça Dante acreditam que a substância do último ataque foi largada no final da tarde de domingo. Para Adivandro Rech, a identificação nesse caso também é difícil pois centenas de pessoas passaram por ali no período.
Ataque
"Quem alimenta os pombos atrapalha, quem mata também", diz secretário do Meio Ambiente de Caxias
Prefeitura pretende capturar aves da área central e transportá-las para área reservada no final de janeiro
Adriano Duarte
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