Obra da Corsan que custou R$ 90 mil será parcialmente demolida em Fagundes Varela

A estrutura que sustentaria um reservatório de 100 mil litros de água tratada, em Fagundes Varela, será demolida por falha no projeto de engenharia. A responsabilidade está sendo apurada em processo administrativo da Companhia Rio Grandense de Saneamento (Corsan).

A base de concreto deveria apoiar o tanque de aço carbono, responsável por todo o abastecimento da cidade de 2,5 mil moradores. Tão logo a estrutura foi concluída, em 2012, os técnicos Corsan condenaram a obra por falhas na construção. Desde então, a estrutura segue inutilizada. Apenas o reservatório está dentro dos padrões de segurança e funcionamento.

A construção da base e a compra do reservatório consumiram R$ 90 mil dos recursos da Corsan. Parte desse valor foi aplicada na base elevada de concreto com oito metros de altura ao lado de um antigo reservatório na Rua Aquiles de Rezende. A medida integrava uma série de exigências feitas pelo município na renovação do contrato com a Corsan.

Conforme a assessoria de imprensa da estatal, os engenheiros optaram pela condenação da estrutura porque a empreiteira responsável não observou normas técnicas. Por esse motivo, a orientação foi desautorizar a instalação do reservatório de aço. A Superintendência Regional da Corsan optou por colocar o reservatório no chão, ao lado da estrutura condenada. A medida foi a alternativa para atender às exigências do contrato com o município. Por enquanto, o reservatório está abastecendo a população nessas condições.

Por outro lado, a diretoria abriu processo para apontar quem provocou a falha. A companhia também informou que aguarda a conclusão do processo para definir qual ação será adotada. Não se descarta a construção de nova estrutura via licitação. Ainda não há data confirmada para a demolição da estrutura descartada. O valor gasto com a base de concreto não foi divulgado pela Corsan.