A implantação do loteamento Parque Samuara na região do Campus 8, viabilizada por projeto aprovado na madrugada desta quinta-feira pela Câmara, chama a atenção para a necessidade do corte de um número significativo de árvores. A área total prevista para o loteamento é de 345 hectares, com densa arborização adulta.
Para a Secretaria do Meio Ambiente, a vegetação da área é composta em sua maioria por ligustros, pínus e eucaliptos, espécies exóticas. A secretaria não dispõe de um inventário detalhado, mas deve ser registrado também que a região abriga uma diversidade de fauna e flora.
O projeto transfere para o município uma faixa de terra em torno da Lagoa do Samuara com 100 metros de largura, considerada área de proteção permanente (APP). Essas árvores serão preservadas, mas o restante ficará sujeito ao corte. No entanto, a aprovação do projeto pela Câmara não dispensará os empreendedores do licenciamento ambiental.
- O que a Câmara aprovou não foi uma autorização de corte. A gente libera nas condições da legislação. É uma mancha verde (no futuro loteamento), mas, apesar de ter uma grande cobertura vegetal, não tem uma riqueza, a maior parte é ligustro - avalia o secretário do Meio Ambiente, Adivandro Rech.
Entretanto, os cortes de árvores na região do futuro loteamento preocupam.
As árvores devolvem a água que retiram da terra e contribuem para a regularidade das chuvas. Como é fartamente noticiado, São Paulo está pagando o preço.
- É um processo que só começou - diz Adivandro.
O licenciamento ambiental é complexo. Mais de 3 hectares de vegetação suprimida exigem a anuência do Ibama. Se o loteamento tiver acima de 50 hectares (é o caso), o licenciamento é com a Fepam.
Meio ambiente
Futuro loteamento em Caxias do Sul surgirá sobre mancha verde
Área total é de 345 hectares, que possui densa arborização adulta
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