O derramamento de mais de 69 milhões de litros de esgoto sem tratamento no Arroio Tega, em Caxias do Sul, levou o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) a tomar providências. Na tarde desta terça-feira, ele se reuniu com o diretor-presidente do Samae, Edio Elói Frizzo, e o orientou a buscar empresa que forneça energia e que fique de sobreaviso em caso de falta de luz. A compra de um gerador de luz foi descartada.
Durante oito dias, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Tega ficou sem eletricidade e não operou, causando o escoamento dos dejetos brutos. A luz, interrompida no temporal de 19 de outubro, domingo, foi restabelecida na segunda-feira à tarde.
Questionado se Samae ou Secretaria do Meio Ambiente deveriam ter sido mais incisivos junto à RGE, o prefeito pondera:
- O erro aconteceu porque o Samae confiou na RGE. Se o Samae soubesse que a RGE não iria, no primeiro dia tinha contratado um gerador, pelo amor de Deus, isso é óbvio. Mas não adianta agora estar achando culpados.
Cogitada por Frizzo, a compra de um gerador foi descartada pelo prefeito devido ao custo. Segundo ele, o equipamento custaria entre R$ 200 mil e R$ 300 mil e poderia ficar sem uso.
- O que isso nos mostrou? Que se acontecer de novo (queda de luz causada por temporal), e se a RGE não atender prontamente, que é dever dela, não podemos ficar pendurados como nesse caso - conclui Alceu.
Questionado pelo Pioneiro, o Samae informou os números dos protocolos abertos junto à RGE na segunda-feira dia 20 de outubro (68968148), e na terça, dia 21 (68996840). Na segunda-feira, a RGE alegou que religou a luz no dia 19 e que não recebeu chamados posteriores. Até as 18h desta terça-feira, a concessionária não se posicionou.
Esgoto no Tega
Compra de gerador de luz para o Samae é descartada pelo prefeito de Caxias do Sul
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Tega ficou sem eletricidade por oito dias e derramou mais de 69 milhões de dejetos brutos no Arroio Tega
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