Especialistas de Caxias destacam a importância do aleitamento materno para salvar vidas

A Semana Mundial do Aleitamento Materno, aberta oficialmente nesta segunda-feira, em Caxias do Sul, terá diversas atividades em unidades básicas de saúde e nos dois hospitais que atendem o Sistema Único de Saúde na cidade: Pompéia e Hospital Geral (HG). Com o tema 'Amamentação, uma vitória para toda a vida', a iniciativa destaca a importância de proteger, promover e apoiar o aleitamento como meta para salvar vidas.

A médica Cláudia Panno, responsável pelo setor de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal de Saúde, destaca que o choro do bebê é o principal fator para o desmame da criança. Muitas vezes, acreditando que a criança está com fome e que seu leite é fraco, a mãe acaba cedendo a pressões externas e oferecendo a mamadeira com fórmulas lácteas, água ou chá, e a chupeta.

- O melhor remédio para ter leite é a sucção do bebê. Com a mamadeira, a criança aprende a sugar de forma errada e abocanha só o mamilo e não toda a auréola como deve - complementa Maira De Carli, acrescentando que o aleitamento deve ser exclusivo até os seis meses de idade, período em que pode começar a introdução de outros alimentos como frutas e verduras na dieta da criança.

A fonoaudióloga Cintia Bonfante Pereira, do Hospital Pompéia, complementa que a amamentação beneficia o crescimento muscular e ósseo da face dos recém nascidos.

- Quando o bebê suga o seio da mãe, ele está estimulando as estruturas orofaciais de tal forma, que promove o desenvolvimento de todos os órgãos envolvidos no processo de respiração, deglutição, mastigação e fonação, por serem sistemas interligados - explica Cíntia.

A fonoaudióloga explica ainda que a abertura da boca e a posição da língua no mamilo estimulam os pontos articulatórios necessários para o desenvolvimento dos sons da fala, além de promover o desenvolvimento muscular dos lábios, língua e bochechas. Ao contrário da mamadeira, onde o leite desde sem que ela faça esforço, no seio a criança realiza movimentos orofaciais mais elaborados, com mais força e pressão para garantir a descida do leite.