Pelo menos cinquenta detentos do regime semiaberto foram autorizados pela Justiça a saída temporária de cinco dias por causa do incêndio que destruiu duas das cinco celas da ala do albergue do Presídio Estadual de Bento Gonçalves.
Até o final da tarde, a Susepe aguardava laudos dos bombeiros para decidir onde alojar o restante dos presos do regime, que são 30, e que não têm direito a saídas. A princípío, eles serão alojados em celas do regime fechado.
Inicialmente, a Susepe iria solicitar à Justiça o uso de tornozeleiras eletrônicas pelos presos do regime semiaberto de Bento Gonçalves, após o incêndio. Porém, o órgão não conseguiu agendar reunião com a Juíza da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Bento, Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, que passou o dia em audiência.
- Esta é uma das possibilidades para os presos do semiaberto. Vamos continuar tentando contato com a Vara de Execuções para tratar do assunto em uma reunião - afirma o delegado regional da Susepe, Roniewerton Pacheco Fernandes.
Atualmente, 33 detentos do regime semiaberto de Bento já usam tornozeleiras. O Presídio Estadual de Bento Gonçalves tem capacidade para 158 detentos entre os regimes fechado e semiaberto. Nesta segunda, 83 estavam no semiaberto (sendo que 30 não tem direito a saídas) e 103 no fechado.
Em 8 de maio deste ano, uma rebelião na unidade prisional destruiu duas das 11 celas. A Justiça havia interditado o presídio, que não poderia mais receber novos presos. Depois do incidente, o albergue foi a única ala do presídio desinterditada.
Susepe
Depois de incêndio em presídio de Bento, cinquenta presos do semiaberto ganham saída temporária
Cinco celas ficaram danificadas e duas foram interditadas durante incêndio no presídio nesta manhã
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