O auditório do Instituto Cristóvão de Mendoza completa aniversário de interdição. Os alunos não utilizam o espaço há um ano. Além disso, há goteiras espalhadas por todo o prédio, portas e janelas apodrecendo. O piso da sala da direção está cedendo. Técnicos já orientaram para demolição, mas a escola não pode fazer qualquer reforma por estar incluída no Plano de Necessidades de Obras (PNO).
- Pedimos suplementação de verba em outubro, mas não recebemos confirmação. De dois anos para cá é que os problemas se agravaram - explica a diretora Fabiana Simonaggio.
O PNO, lançado há mais de dois anos pelo governo do Estado, prevê a reforma global de 168 escolas da rede estadual.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), 100 projetos estão contratados, ou seja, já têm empresas responsáveis fazendo o estudo, primeiro passo para a licitação da obra.
De acordo com a diretora da Assessoria de Gestão da Seduc e coordenadora executiva do PNO, Ana Claudia Figueroa, esses projetos precisam ser validados pela Secretaria de Obras Públicas (SOP) para serem licitados. A previsão do Estado é que pelo menos sete projetos estejam em condições de licitação neste ano.
Os demais ficariam para 2015. Destes sete, no entanto, não há nenhuma previsão de que algum seja da Serra. Mas segundo Ana Claudia, o Cristóvão de Mendoza tem a maior chance de sair contemplado.
- Se algum tiver da Serra entregue nessa fase, o mais provável é que seja o Cristóvão. Ainda não sabemos se será. Temos uns 15 projetos em estágio avançado, mas se eventualmente a secretaria de Obras entender que a entrega da empresa foi insuficiente em relação a característica mais técnica do projeto, isso pode impactar em retardamento da entrega definitiva - esclarece.
Outras 68 escolas que ainda não têm projeto contratado estão inseridas em um modelo alternativo, o Regime Diferenciado de Contratação (RDC). É uma modalidade de contratação integrada, com licitação de quatro delas prevista para iniciar neste mês.
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Educação
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