Uma construtora de Caxias do Sul e um proprietário rural de Bom Jesus estão na lista de empregadores que usaram mão de obra análoga ao trabalho escravo. O documento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foi atualizado na segunda-feira e disciplina o cadastro das empresas que submeteram funcionários a condições degradantes.
A Construwitta Construtora e Incorporadora Ltda, de Caxias, foi mencionada devido a um flagrante do MTE em janeiro de 2013, em uma obra no bairro Cidade Nova. Na época, seis pessoas foram encontradas em um ônibus que servia como alojamento. Nenhum dos empregados, sendo dois adolescentes, possuía carteira de trabalho assinada. A empresa não fornecia os equipamentos de segurança e o ônibus também estava em péssimas condições de conservação.
Já Paulo Cezar Segala, de Bom Jesus, permanece na lista depois de ter sido autuado por manter 22 trabalhadores rurais em condições precárias em uma plantação de batatas, em março de 2010. Os safristas dormiam amontoados em uma peça sem camas e o único banheiro não apresentava condições de higiene.
Na atualização da lista do trabalho escravo foram incluídos os nomes de 91 novos empregadores e excluídos outros 48 devido ao cumprimento dos requisitos administrativos. O cadastro possui atualmente 609 empresas no Brasil.
A publicação do documento no site do MTE é determinado por uma portaria interministerial, a qual relaciona os empregadores após decisão administrativa final em relação ao auto de infração. Os incluídos são monitorados durante dois anos. Se não houver reincidência de trabalho escravo e as multas forem pagas, o nome é retirado.
Mão de obra
Empregadores de Caxias do Sul e Bom Jesus são incluídos em lista do trabalho escravo
Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego flagraram casos em 2010 e 2013
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