A Justiça determinou a interdição total do Presídio Estadual de Bento Gonçalves na noite desta quinta-feira. O juiz Rudolf Carlos Reitz, da Vara de Execuções Criminais, acolheu pedido do Ministério Público que apontou o agravamento de problemas estruturais a partir da última rebelião na casa prisional, nesta quinta-feira.
Pela decisão, o presídio não pode mais receber presos. Também foi determinado o remanejo dos detentos que permaneciam na unidade. Até a manhã desta sexta, 74 apenados, entre homens e mulheres, já foram transferidos para outras unidades prisionais. Isso porque um laudo preliminar do Corpo de Bombeiros apontou que duas, das 11 celas, correm o risco de desabar, bem como salas administrativas que ficam no andar superior a elas.
No despacho, o juiz Rudolf Carlos Reitz determina "o imediato remanejamento dos presos atualmente recolhidos no presídio para outras unidades prisionais, até que cesse a interdição".
Pela decisão, fica a cargo da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) indicar em qual estabelecimento prisional passarão a ser recolhidas as pessoas detidas na comarca de Bento Gonçalves.
No total, a casa prisional tem capacidade para 158 presos, mas, em janeiro, abrigava 273. A equipe de engenharia da Susepe vistoria o Presídio Estadual de Bento Gonçalves desde a manhã desta sexta-feira.
A situação do presídio poderá ser reapreciada pela Justiça após reformas necessárias e liberação dos bombeiros.
Sistema prisional
Presídio Estadual de Bento Gonçalves é interditado pela Justiça
O juiz Rudolf Carlos Reitz, da Vara de Execuções Criminais, acolheu pedido do Ministério Público que apontava problemas estruturais após a última rebelião
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