No início da noite de terça-feira, equipes do Samae e demais empresas envolvidas no primeiro teste de bombeamento de água bruta do Sistema Marrecas à Estação de Tratamento de Água (ETA) Morro Alegre, no distrito de Vila Seca, comemoraram o feito. Na madrugada seguinte, porém, uma das flanges da casa de bombas do Marrecas não suportou a pressão de refluxo da água, provocando vazamento. O contratempo vai provocar um atraso de pelo menos uma semana dentro do prazo de um mês previsto pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) para iniciar a distribuição de água na região nordeste da cidade.
Os ajustes seguiam dentro do normal entre a tarde de terça e o começo da noite de quarta-feira, quando o bombeamento entre a barragem e a ETA Morro Alegre começou a atingir a capacidade plena de um dos motores, de 500 litros/segundo (na terça-feira à noite, os primeiros testes alcançaram 220 litros/segundo). Foi quando um relê do sistema elétrico não suportou a capacidade exigida e acabou se desligando, provocando a interrupção no bombeamento e, por consequência, o retorno de parte do fluxo da água pela adutora. A quantidade de água que retornou pela adutora, ao longo de 160 metros de desnível entre a casa de máquinas e a ETA, numa distância de 7,5 quilômetros, provocou pressão suficiente para que uma das conexões entre as flanges se rompesse.
- Sofremos um problema de parametrização técnica justamente porque não tínhamos a prática, não tínhamos o teste. O relê desarmou porque foi ajustado para uma capacidade aquém do necessário, com um coeficiente de segurança baixo. Agora sabemos que a capacidade de 500 litros/segundo exige novo ajuste da parte elétrica - explica o engenheiro Gerson Panarotto, diretor da Divisão de Água do Samae.
Os ajustes da parte hidráulica (substituição das arruelas de borracha, reaperto das flanges e limpeza dos filtros) e da parte elétrica (reajuste do relê) vão exigir uma semana extra de trabalho tanto para as equipes da Samae quanto para as empresas envolvidas na obra, entre elas a Sanenco, HI Engenharia e RGE. A partir de então, serão feito novos testes de bombeamento.
O diretor-presidente do Samae, Édio Elói Frizzo, faz questão de destacar que os problemas ocorridos durante o primeiro teste de bombeamento são considerados normais, e não afetarão o cronograma das avaliações restantes. O volume despejado na Estação de Tratamento de Água (ETA) Morro Alegre, entre terça e quarta-feira, chegou a 1,5 milhão de litros, o suficiente para realizar testes para o tratamento da água.
Abastecimento
Samae trabalha para corrigir falhas em teste de bombeamento de água do Sistemas Marrecas
Serão necessários ajustes nas parte hidráulica e elétrica
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