Polícia de Bento Gonçalves aguarda depoimento de dono de arma

A Polícia Civil de Bento Gonçalves segue à espera de resposta da carta precatória enviada nesta segunda-feira à delegacia da cidade onde mora o proprietário do revólver Rossi calibre 38, encontrado dentro da Fiorino no último dia 16 de março,quando o estudante Anderson Styburski, 16 anos, e o servente de pedreiro Danúbio Cruz da Costa, 20, foram mortos por brigadianos após uma suposta troca de tiros.

Conforme o delegado Álvaro Becker, do 2º Distrito Policial, o documento foi enviado por e-mail ao colega do outro Estado (não revelado pelo policial), junto com informações sobre o crime e questões. O endereço do dono do 38 é conhecido da Polícia Civil desde a última quarta-feira, dia 19. 

- Eu esperava um retorno ainda nesta segunda-feira, mas não recebemos resposta. Acreditamos que o proprietário possa ser ouvido nas próximas horas. Se precisar, vamos até lá para conversar com ele - afirmou Becker.


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O delegado também confirmou que ainda não foi feita a coleta de impressões digitais no revólver. A arma foi encontrada por peritos embaixo de uma mochila, no baú da caminhonete. 

- Várias pessoas podem ter tocado na arma no dia do crime. No cabo, por exemplo, não será possível coletar porque é áspero. Mas ela está preservada e podemos pedir a coleta das digitais a qualquer momento. Estou esperando a versão do dono primeiro para depois providenciar isso - disse Becker.

Em depoimento, os brigadianos afirmaram que atiraram porque teriam sido alvejados por dois disparos vindos da Fiorino, onde também estavam Tiago de Paulo, 18 anos, e um menor de 15 anos. Os dois sobreviventes negam a versão dos brigadianos e afirmam que a arma foi plantada no carro para incriminá-los.