Um dia depois de ter a casa arrastada pelo Arroio Tega em decorrência da chuvarada, Alex Zanzi Ribeiro, 22 anos, está mais otimista. O jovem foi contratado por uma transportadora e começará a trabalhar como auxiliar já nesta terça-feira. Com o dinheiro, poderá, aos poucos, recomeçar a vida e superar o drama de ver tudo que possuía ir por água abaixo.
- Estou um pouco melhor por começar a trabalhar amanhã, mas dormir de noite foi difícil. Eu dormia e acordava a cada pouco lembrando e custava a dormir de novo. Agora eu estou bastante preocupado com a casa mesmo, onde vou morar com minha mulher - conta.
Ribeiro está temporariamente na casa da mãe, Rosa Zanzi, 49, junto com dois irmãos mais novos. A residência fica em frente à casa que foi tragada pelas águas, na Rua Sílvio Dalssasso, no loteamento Mattioda. Nesta segunda, representantes da Secretaria Municipal de Habitação e o secretário de Obras, Adiló Didomenico, compareceram ao local para averiguar a situação.
- Eles vieram me oferecer apoio, falaram que no que depender deles, vão fazer. O secretário se assustou bastante com a situação, mas vou ter que ir até a Secretaria de Habitação para resolver o meu problema. Não sei de que maneira eles vão poder me ajudar agora. Uma assistente social do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) também veio aqui para oferecer ajuda se eu precisasse de alguma coisa. - desconfia Alex.
Didomenico se encontrava em reunião na tarde desta terça-feira e não manteve contato com a reportagem. A prefeitura iniciou a limpeza do Tega nesta segunda, a partir do bairro Reolon. O nível da água baixou, mas ainda apresenta perigo para quem reside às suas margens.
Quem quiser auxiliar Alex, pode ligar para o telefone (54) 9216.1843.
Por água abaixo
Um dia depois de ter a casa arrastada pelo Tega, morador consegue emprego e planeja recomeçar a vida
Alex Zanzi Ribeiro está morando temporariamente na casa da mãe
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