Desde a última sexta-feira, Cláudio Gonçalves não é mais diretor do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caxias do Sul. A presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) do Estado, Joelza Andrade Pires, propôs a saída de Gonçalves após recorrentes conflitos registrados entre internos e servidores. O último motim ocorre no dia 22 de novembro.
Após um ano e quatro meses no cargo, Gonçalves assume a supervisão das casas do Estado, na próxima semana, junto a diretoria socioeducativa da instituição, em Porto Alegre. O cargo de Gonçalves é por indicação política.
O técnico em recreação concursado, Pedro Falkenbach, é o indicado para assumir interinamente o cargo em Caxias. Há cerca de 10 anos na instituição, Falkenbach era responsável pela implantação dos círculos restaurativos, entre outras funções.
Para auxiliar na reestruturação do Case, uma equipe de socioeducadores da capital foi encaminhada para Caxias e deve permanecer por tempo indeterminado.
- Muitos conflitos existiam em razão da inexperiência dos novos servidores. E isso é culpa nossa. A necessidade de novos socioeducadores era tão urgente que eles passavam apenas por um curso básico, sem a possibilidade de aprofundamento. Mas, a partir dessa mudança, buscaremos mesclar os novos com os mais antigos, de outras cidades, para que ganhem experiência - sustenta Joelza.
Até a última sexta, o Case Caxias abrigava 48 jovens do sexo masculino de toda Serra. A previsão da Fase é de que o prédio atual, com capacidade para 40 internos, seja substituído por uma nova construção até 2015. As sugestões de terrenos estão sob análise do governo estadual.
O novo prédio será erguido com recursos da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e o projeto obedecerá o modelo estabelecido pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).
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