O Instituto Penal de Caxias abrigará uma base de manutenção e fiscalização de presos do regime semiaberto que deixarão o prédio com tornozeleiras eletrônicas. O serviço tem previsão de início para sexta-feira. Além da maior cidade serrana, com 171 detentos no regime, os municípios de Bento Gonçalves e Vacaria, com os maiores efetivos carcerários da região - 43 e 38, respectivamente - também farão parte do sistema de monitoramento.
As tornozeleiras começaram a ser implantadas na Região Metropolitana de Porto Alegre no dia 27 de maio. Desde então, 962 detentos já experimentaram o sistema, no Estado. Atualmente, 721 são acompanhados via GPS.
- No começo, 20% dos apenados tinham medo por ser um sistema novo. Hoje, a rejeição não chega a 10%. A tornozeleira é boa pra eles, que têm a possibilidade de estar em casa, ao lado da família, e para a sociedade, já que coíbe a tradicional "escola do crime" dentro das casas prisionais - defende o coordenador penitenciário e responsável pela implantação do sistema, César Cordeiro.
Apesar de não estarem a par de como funcionará o monitoramento e o cruzamento de informações, os comandos regionais da Brigada Militar (BM) e Polícia Civil temem pelo aumento da criminalidade.
-Toda a tecnologia que contribui para a área da segurança pública é bem vinda, desde que esteja acompanhada do comprometimento por parte de quem irá controlá-la. Vários casos de apenados pegos com tornozeleira cometendo crimes ou flagrados em escutas telefônicas, na capital, já foram evidenciados. Temos que usar isso como exemplo para não repetirmos aqui - defende o delegado regional da Polícia Civil, Paulo Roberto da Rosa.
A adesão ao novo sistema é optativa. Os presos que se negarem a receber a tornozeleira continuarão recolhidos no Instituto Penal, conforme determinação judicial.
Segurança
Instituto Penal de Caxias abrigará central de manutenção e fiscalização de tornozeleiras eletrônicas da Susepe
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