Desde 2010, quando o calçamento da Rua Marcelo Giacomoni, no bairro Forqueta, foi aberto para colocação de canos do Samae, a família Battistin reclama à prefeitura sobre as condições da rua após o término da obra. A via ficou toda desnivelada, formando espécies de quebra-molas ao contrário. O tráfego intenso de carretas em alta velocidade, segundo a família Battistin, provocou rachaduras na casa. E o barulho dos solavancos que começam por volta das 5h perturbam o sono.
Na manhã deste sábado, o estudante de Engenharia Mecânica Rafael Battistin, 26 anos, que precisava estudar para uma prova e não conseguiu dormir, cansou de esperar a solução dos protocolos que desde 2010 a família registrou junto à prefeitura. Saiu da cama cedo e por volta das 7h, de pá na mão, começou a retirar pedras para trancar a rua, com a ajuda do pai, Gentil Battistin, 56. Abriram um buraco de cerca de três metros, sinalizado com um cone.
- Essa rua foi feita em cima de um banhado, nem poderia passar veículo pesado aqui. E as carretas passam a 80 quilômetros por hora, treme toda a casa - argumenta Rafael.
A irmã de Rafael, Sonia Battistin, 33, abriu as portas da casa para mostrar as diversas rachaduras que alega terem sido causadas pelo tráfego das carretas na rua. Também mostra os documentos com as reivindicações feitas pela família ao poder público e um pedido do vereador Rafael Bueno (PC do B), solicitando providências na rua.
Por volta de 9h30, dois funcionários da Secretaria Municipal de Obras foram até o local e conversaram com a família, pediram para que o buraco fosse tapado. Mas os Battistini mantiveram-se firmes em seu protesto. Um dos funcionários afirmou que a culpa é da empresa contratada pelo Samae para fazer a obra, que deveria ter deixado o calçamento da forma como encontrou.
- Fazia três anos que a gente pedia e ninguém apareceu para ajudar. Foi só retirarmos as pedras que em duas horas apareceram pra dizer que vamos ser notificados - protesta Gentil Battistin.
Em Forqueta
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