Comunidade do Euzébio Beltrão de Queiroz, em Caxias, expõe mazelas do bairro e ouve promessas em audiência

O centro comunitário do bairro Euzébio Beltrão de Queiroz lotou na manhã deste sábado, em razão da audiência pública convocada pela Câmara de Vereadores para tratar dos diversos problemas que incomodam a comunidade. Cerca de 60 moradores participaram do encontro, que teve a presença de autoridades do município como a secretária de Educação, Marléa Alves, e a presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Marlês Andreazza. As secretarias de Habitação, Saúde e Transportes também estiveram representadas.

A população reivindicou soluções para o acúmulo de lixo, o esgoto que corre a céu aberto - especialmente do cemitério do bairro -, a falta de vagas em creche e a grande quantidade de casas interditadas e muros em situação de risco de desabamento. A já prometida avenida da Cristóforo Randon para ligar o bairro à saída da cidade para Farroupilha também entrou em discussão.

O líder comunitário Paulo Roberto Teixeira abordou a questão da necessidade de rever os valores dos IPTUs pagos pelas famílias. apontou exemplos de discrepâncias entre valores, com famílias pagando mais R$ 400 de imposto, enquanto outras pagam R$ 80 para viver em casas semelhantes. Ainda segundo ele, há casos de taxa de iluminação sendo cobradas de moradores que não têm postes de energia passando por suas ruas. Teixeira também cobrou que o dinheiro seja investido pela prefeitura para solucionar problemas históricos do bairro:

- Reclamam que aqui há pontos de droga, mas não dão educação ou qualquer condição para as pessoas se desenvolverem.

O vereador Rodrigo Beltrão (PT), presidente da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária da Câmara, considerou positiva a reunião. Segundo ele, trata-se de um bairro invisível para o poder público, daí a importância da audiência ter sido realizada em meio à comunidade, para aproximar as autoridades daquela realidade. Ele destaca os avanços alcançados no encontro:

- A comunidade cedeu o espaço da antiga quadra da escola de samba para construir uma creche e a secretaria de Saúde se comprometeu a fazer um estudo técnico para saber a viabilidade da obra. A secretaria de Habitação também firmou compromisso de fazer vistoria nas áreas de risco, assim como a FAS se comprometeu a levar atividades inclusivas para os jovens.  A Câmara irá monitorar o andamento dessas ações.