A manhã deste sábado registrou o movimento habitual em um Dia de Finados no Cemitério Público Municipal, em Caxias do Sul. Enquanto centenas acompanhavam as missas que ocorriam de hora em hora, famílias seguiam até os túmulos de seus entes queridos, com flores e velas para as orações. À tarde, as missas seguem das 15h às 17h.
A aposentada Elvira Zoppas Lorandi, 70 anos, compareceu ao cemitério no feriado pela primeira vez sem a companhia da mãe, Luiza Zoppas, falecida há cinco meses. Luiza está enterrada junto do marido, Orestes Zoppas, morto há 15 anos. Elvira cont aocm orgulho a história do pai, que foi um dos primeiros na região a prestar serviços gráficos para editoras religiosas. Com a saudade recente da mãe, ela aconselha a aproveitar cada momento junto:
- É tão triste a perda. Todos têm que cuidar de suas mães, abraçá-las e beijá-las sempre que puder, porque quando elas partem, sentimos muita falta.
Se Finados já é um dia melancólico por si só, a lamentação aumenta com a depredação verificável em muitos túmulos e capelas. O alvo principal são as letras de metal que informam os nomes dos ocupantes dos túmulos. Poucas capelas mantém seus nomes intactos.
Mãe e filha, Mafalda e Débora Zugno, 82 e 48 anos, respectivamente, comentam que já precisaram trocar a lápide do pai de Débora, Emir Zugno, por ter sido quebrada. Este ano, a encontraram novamente depredada. Também as correntes que percorrem as laterais do túmulo foram roubadas e elas preferiram nem repôr.
- Assalto à cemitério é o fim da picada, mas acontece porque está abandonado. É uma pena, precisava ter um vigilante todo o tempo.
Feriado
Caxienses homenageiam seus mortos no Dia de Finados
Tempo bom ajudou para o movimento intenso no Cemitério Público Municipal
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