A defasagem da estrutura física na maioria das escolas públicas de Caxias do Sul, aliada à inexistência de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI), assustou o grupo de vereadores da Comissão de Educação da Câmara. Na última quinta-feira, um documento entregue ao prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) apontava a inexistência do plano como o principal problema em uma vistoria que percorreu 84 instituições de Ensino Fundamental do município.
Nas escolas municipais, o problema é mais grave. Cerca de 30, das 123 instituições de ensino médio e fundamental de Caxias, já receberam autos de infração do Corpo de Bombeiros, que exigiram adequação às necessidades básicas de prevenção.
A assessora técnica da Secretaria Municipal de Educação (Smed), Carla Stenzel, afirma que já está em andamento o processo licitatório para escolher a empresa que irá elaborar o PPCI em todas as escolas. Aquelas que já foram notificadas são consideradas casos de emergência.
Como a maioria das estruturas são antigas, as adaptações necessárias são principalmente na parte de sinalização e iluminação das saídas de emergência, além da localização das centrais de gás, que devem estar a uma distância adequada dos refeitórios e a parte elétrica. Os prédios também precisam de para-raios.
- Não são coisas simples ou rápidas, principalmente porque o tempo público é diferente, envolve uma parte burocrática. Mas acreditamos que em um ano tudo estará regularizado - afirma Carla.
Nas instituições estaduais, a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE) já disponibilizou verba para que as 55 escolas de Caxias do Sul contratem empresas para elaborar o PPCI. Segundo a coordenadora, Cleudete Piccoli, a maioria já está com o processo em andamento. Ela lembra que a Escola Estadual de Ensino Médio Desvio Rizzo, antes mesmo de ser inaugurada, precisou ter o projeto alterado por irregularidades na parte elétrica. As adaptações estão em andamento.
No Instituto Estadual Cristóvão de Mendoza, o auditório está interditado pelo Corpo de Bombeiros desde julho. Entre as adequações necessárias, foi exigida a retirada do carpete que reveste as paredes e a substituição das portas de correr por portas de abrir e fechar. Como o prédio irá passar por uma reforma geral, não há previsão de reabertura do espaço.
- É uma pena, pois perdemos um espaço para formaturas, reuniões, apresentações de alunos. É um dos mais importantes auditórios de Caxias do Sul - lamenta a professora Miria da Silva.
