Na Rua Marechal Floriano, área central da cidade, a atendente serve um cachorro-quente caprichado. Milho e ervilha em potes separados, molho bem temperado e um pão bastante macio, que, se o cliente não elogia, a própria comerciante trata de exaltar. Como grande parte dos colegas espalhados pelas esquinas de Caxias, ela não usa touca, nem boné. E como praticamente todos, não veste luvas para servir o lanche de forma mais higiênica.
A atendente conta que entrou para o comércio ambulante quando a sogra, com a intenção de que as duas filhas e a nora tivessem uma boa renda, obteve a concessão do ponto junto à prefeitura. O local não é dos mais badalados, mas quem escolhe o ponto é a Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU). Cabe aceitar e pagar a anuidade para exploração do ponto: R$ 68. Nos primeiros meses do estabelecimento, as três se revezavam, mas logo apenas a nora, que conta a história, seguiu tocando o negócio. Provavelmente ela nem saiba, mas sua atuação é irregular.
Comércio ambulante
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Proliferação de ambulantes e pontos irregulares entram na mira da Secretaria Municipal do Urbanismo