O confronto entre Brasil e França, domingo, às 16h, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, será a oportunidade para a francesa Gaëlle Guillaume conferir, pela primeira vez, os selecionados de seu país em campo. A intercambista de 23 anos está em Caxias desde agosto.
Gaëlle é natural de Guadalupe, arquipélago localizado na região do Caribe e pertencente ao país europeu desde 1635. Estudante de engenharia de materiais, já passou seis meses na Espanha e Inglaterra, além de um período na Suécia. Descobriu o Brasil por meio de um convênio da Universidade de Caxias do Sul com o Instituto Politécnico Nacional de Lorraine. Depois de um semestre de estudos, finaliza o estágio na área de pesquisa e desenvolvimento na metalúrgica Fras-le.
- Gosto do sistema educacional daqui, que permite trabalhar e estudar. Na Europa não temos isso. As pessoas também são muito receptivas, me disseram que aqui no Sul o pessoal era mais fechado, mas são muito mais abertos que os europeus - avalia.
Quanto ao futebol, Gaëlle não acredita na França. A derrota de 1 a 0 para o Uruguai na quarta-feira não ajudou a mudar o pensamento. Acostumada a assistir às feras de Barcelona e Real Madrid desfilarem na Liga dos Campeões, não se empolga com o trabalho do técnico Didier Deschamps.
- Eu sempre via jogos de outras seleções, mas nunca segui muito os franceses. Gosto do Thierry Henry, que nasceu em Guadalupe também, do Ribéry, mas eles não estão neste time, só o Benzema. Acredito que dá Brasil - aposta.
Do futebol brasileiro, conta ainda que já ouviu muito sobre um tal de Neymar e que sabe "que tem um pouco de rivalidade entre Inter e Grêmio".
- O assunto mais comentado desde que cheguei é o futebol. Ronaldo, Ronaldinho e Neymar - aponta.
De olho na Seleção
Intercambista francesa que mora em Caxias do Sul verá pela primeira vez um jogo da França, domingo, contra o Brasil
Gaëlle Guillaume nasceu em Guadalupe e estuda engenharia de materiais na UCS
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