O professor de inglês Raul Borella, 47 anos, lamenta que outros moradores peçam o corte da aroeira que ele plantou, juntamente com alunos, nos fundos do Colégio São Carlos, na Praça João Pessoa, em São Pelegrino. A medida chegou a ser cogitada como acréscimo ao projeto de revitalização da praça para a instalação de novos banheiros, o que espremeria a árvore entre os sanitários e os fundos do colégio.
- Há 12 anos, quando o colégio construiu esta saída para a praça, eu e os alunos plantamos duas árvores. Essa aí é uma sobrevivente. Não vejo como alguém pode entender que ela é a culpada dos problemas da praça - relata o professor.
Borella concorda que a Praça João Pessoa precisa ser revitalizada. Ratos e pombos dominam o local e ele sente falta das flores. Porém, o professor não vê a necessidade de acabar com o pouco do verde que resta:
- Qualquer problema vira motivo para cortar árvores. Percebe-se que uma árvore esconde a visão de uma placa de publicidade nova e decepam um galho inteiro. Tem que fazer uma obra ou reforma, e lá se vai mais uma árvore. Eu vejo de tudo nesta praça, drogaditos, sexo ao ar livre, prostituição. Porém, esta construção dos novos banheiros só pioraria a situação. Todo canto escondido em espaço público é um problema - protesta.
Embora a preferência da secretaria seja preservar a árvore, o Secretário Adivandro Rech disse que estudará a possibilidade de ela ser cortada a partir dos argumentos dos moradores e comerciantes.
Sob análise
Professor defende aroeira que plantou, com alunos, na Praça João Pessoa, em Caxias
Moradores de São Pelegrino pediram o corte da árvore junto ao projeto de revitalização da Praça
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