Policiais militares que trabalham nas buscas aos criminosos que assaltaram dois bancos em Fagundes Varela, na última sexta, seguem pistas deixadas pela quadrilha na mata que margeia o Rio Carreiro. Na tarde desta segunda, a Brigada Militar chegou até uma espécie de caverna formada por rochas e utilizada pelos bandidos para passar a noite.
O ponto fica em uma região de difícil acesso no alto de um morro entre Cotiporã e São Valentin. No local, a polícia identificou cascas de frutas como laranjas, bergamotas e bagaços de cana. Os assaltantes também teriam usado folhas de parreiras sobre a terra para deitar. Fezes humanas encontradas no entorno da caverna também reforçariam as suspeitas sobre a presença do bando.
Agricultores da região teriam avistado, ainda na manhã desta segunda, dois homens em uma estrada das proximidades. Entretanto, teriam voltado a se refugiar nas barrancas do Rio Carreiro. A BM mantém as seis barreiras montadas na região, além de realizar incursões na mata com cães farejadores. Um espaço que funciona como ginásio de esportes e salão paroquial da comunidades de Linha Azambuja é usado como base para a operação.
Por volta das 20h de domingo, um produtor rural de 28 anos, que pediu para não ser identificado, foi rendido por um homem quando saía para levar a namorada para casa. O suspeito obrigou o rapaz a levá-lo a Bento Gonçalves.
Outro participante do assalto foi preso ainda no sábado. Carlos Alessandro Nunes Severino, 31 anos, ficou ferido na perna direita e no braço esquerdo no confrontar com policiais militares e ser atacado pelos cães da corporação. Natural de Porto Alegre e filho de um tenente da reserva da BM, o rapaz teria confessado participação no assalto. Ele permanecia recolhido no Presídio Estadual de Nova Prata até a noite desta segunda.
Buscas
Polícia encontra caverna onde assaltantes de banco passaram a noite no interior de Cotiporã
Agricultores da região teriam avistado, ainda na manhã desta segunda, dois homens em uma estrada da região
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