Jacarandá foi cortado porque não suporta transplante e inviabilizaria obra de Estação de Transbordo Imigrante, em Caxias

O corte do jacarandá-mimoso e outras 15 árvores para a construção da Estação Principal de Integração Imigrante (EPI), no bairro Petrópolis, em Caxias do Sul, foi necessário para dar continuidade e viabilizar a obra, sustenta a prefeitura.

O engenheiro Adair José Bianchi, diretor da área técnica da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), explica que o jacarandá estava localizado bem no centro da futura área de circulação de saída dos ônibus. Se permanecesse, o espaço de plataformas para embarque e desembarque de passageiros diminuiria em 30%, inviabilizando o projeto.

A estação servirá para embarque e desembarque nos coletivos e consequentemente diminuir as linhas no centro de Caxias. Outra está sendo erguida no bairro Floresta.

- Não comportaria o atendimento a todas as 11 linhas previstas no projeto operacional da estação. Além disso, será necessário executar uma escavação interna para reforçar a estrutura do muro e o subleito da pista, para que ela suporte o peso dos ônibus. Também por esse motivo a permanência da árvore ficaria inviabilizada - explica o engenheiro.

Devido às derrubadas, a SMTTM precisará plantar 45 mudas de espécies nativas diversas na área urbana. O cálculo refere-se ao número de exemplares nativos derrubados: seis. Por lei, apenas estes acarretam o plantio de novos pés como reposição. O prazo vai até 29 de junho deste ano.

Além do jacarandá, foram cortados duas araucárias, um ipê amarelo, um abacateiro, três pitangueiras, três laranjeiras, uma pereira, uma nespereira, um limoeiro, um eucalipto e outro jacarandá. Nenhuma delas sobreviveria a transplantes.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Semma, apenas samambaias, orquídeas, palmeiras, jerivás e alguns tipos de figueiras sobrevivem ao serem plantados em outro lugar.