Assaltos com reféns assustam moradores do interior de Caxias do Sul

Moradores do interior de Caxias do Sul estão revendo alguns hábitos diários. Nos últimos meses, assaltos a residências têm deixado a população dos distritos assustada. A violência, em alguns casos, ajuda a espalhar medo. Além de invadir casas e exigir dinheiro e pertences, os criminosos mantêm as vítimas reféns por horas, por vezes sob espancamento.

Um desses casos ocorreu no final de março. Por volta das 19h15min do dia 22, a proprietária de uma fazenda, de 36 anos, levava o lixo para a beira da estrada com o filho, de 16 anos. Um veículo parou e um grupo de bandidos rendeu os dois.

- Eles desceram gritando "polícia". Na hora, me assustei e corri, achando que era brincadeira. Então disseram para parar senão iam atirar - relata a mulher.

Os assaltantes levaram mãe e o rapaz para dentro da casa, onde estavam mais duas filhas da mulher, uma de 13 anos e outra de oito meses. Outras seis pessoas também ficaram sob a mira de revólveres dos quatro criminosos, um deles encapuzado.

Os assaltantes disseram estar em busca de três cofres que um informante teria dito existir na residência.

- Ele disse que mataria todos se encontrasse o cofre porque estávamos negando. Eu disse que então ele mataria porque aqui não tem cofre. Eles levavam meu filho para dentro dizendo que iam matá-lo - comenta a dona da casa.

Conforme o titular da Delegacia de Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), Ives Trindade, três assaltos semelhantes são investigados.

- O que posso dizer por enquanto é que o fato está sendo apurado e evoluindo bem.

O delegado acrescenta que a forma de agir dos criminosos em ambos os casos leva a crer que sejam integrantes da mesma quadrilha.

Apenas uma viatura da Brigada Militar (BM), com três policiais atende o interior. A guarnição está sediada no quartel do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) e faz rondas diárias.

- Nossa dificuldade é que é um carro velho e não atende as necessidades de uso. Estamos tentando conseguir pelo menos uma usada - explica o comandante do 12º BMP, major Jorge Émerson Ribas.

Leia a reportagem completa no Pioneiro desta quarta-feira.