
O aposentado Itacir Zampieri da Silva, 64 anos, costumava passar a maior parte do dia na garagem da casa onde morava, na Rua Mário Mutti, no bairro Fátima. No espaço, ele mantinha uma oficina particular que usava para reformar a Parati e a D20, que possuía.
O homem morreu na noite desta segunda-feira após a Parati que consertava cair sobre ele. Ele foi encontrado pela mulher, de 60 anos, já sem vida.
Carros e caminhões sempre fizeram parte da vida de Itacir. De acordo com o genro dele, Gilnei Antônio da Silva Vieira, há cerca de um ano o sogro deixou de trabalhar como caminhoneiro devido a uma diabetes.
Ele iniciou na profissão com cerca de 18 anos. Após um tempo, comprou uma chapeação, que vendeu há cerca de 20 anos para se dedicar novamente à estrada. Com a aposentadoria, era na garagem que tinha contato com os carros.
- Todo o dia ele descia de manhã, voltava para almoçar e descia de novo. Ontem ele subiu para jantar e depois desceu. Ele sempre gostou dali. Era o lugar dele - lembra Gilnei.
No momento em que Itacir foi encontrado, havia a esposa, uma filha e um neto na casa. Ao perceber que o homem estava sob o carro sem se mexer, a mulher correu gritando por ajuda aos vizinho. Gilnei, que mora ao lado, logo tentou socorrer. De acordo com ele, trabalhava nas rodas dianteiras do carro, possivelmente trocando amortecedores.
- Ele ergueu a parte traseira do carro e entrou embaixo. Ele havia comentado ao meu cunhado que precisava trocar os amortecedores - relata o genro.