Bairros apresentam demandas sobre segurança pública em Caxias do Sul

Até abril, a Brigada Militar coloca em funcionamento a segunda fase do projeto de policiamento comunitário em Caxias do Sul. Serão quatro núcleos que abrangem oito bairros. Para apresentar a demanda de segurança pública dessas regiões, o Pioneiro ouviu os presidentes dos bairros. Entre os delitos mais recorrentes, e por isso considerados os principais a serem combatidos, estão assalto a pedestres e ao comércio, e tráfico de drogas.

Veja as principais demandas levantadas pelas lideranças comunitárias:

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Cruzeiro - O que diz o presidente do bairro, Nelson Acyoli Vieira Filho: 
- Arrombamentos de casas e assaltos ao comércio são as ocorrências mais frequentes. Outro grave problema são os usuários de drogas que frequentam a praça. Alguns idosos se queixam por não utilizar a Academia da Terceira Idade em razão do tráfico que é praticado na área. Já instalamos uma câmera ligada na associação de moradores. Com isso, diminuímos bastante as depredações no espaço, mas os usuários de drogas continuam lá.

2
Cinquentenário I - O que diz a presidente do bairro, Fernanda Nunes: 
- O que mais ouço dos moradores são queixas referentes a furtos de roupas dos varais e de outros objetos das casas. Os autores não são pessoas do bairro, e na maioria dos casos fazem isso para comprar drogas. Recentemente, um rapaz pediu uma faquinha emprestada em uma casa ao dizer que precisava para consertar a moto, que tinha quebrado. Entretanto, usou ela para assaltar pessoas nas paradas de ônibus. Eles agem tanto de dia quanto de noite.

Cinquentenário II - O que diz o presidente do bairro, Noé Nunes: 
- Assaltos nas paradas de ônibus e furtos nas casas são os problemas mais comuns. Roupas e tênis são os objetos mais visados, para serem trocados por drogas. Também sofremos com o vandalismo na pracinha e na quadra de futebol. Já quebraram mesinhas e bancos. Como não temos condições de repor e a prefeitura não ajuda, ficamos sem o único espaço de lazer.

3
Marechal Floriano - O que diz a presidente do bairro, Solange Neres: 
- Alguns estabelecimentos comerciais já foram assaltados, mas o que me preocupa mais são as ocorrências quase que diárias de assalto a pedestre. A maior parte dos casos ocorre em um dos acessos ao bairro pela Avenida Júlio de Castilhos, próximo ao Senac. Todos usam a via para pegar o ônibus e é nesse momento que são atacados. Os horários que mais acontecem é pela manhã e final da tarde.

Euzébio Beltrão de Queiróz - O que diz o presidente do bairro, Elias José Saboleski: 
- O principal problema que enfrentamos são de pessoas que não são do bairro, mas acabam vindo para cá buscar abrigo. Muitas vezes são procurados da Justiça que ameaçam os moradores. Já tivemos problemas com outros policiais que abordavam pessoas trabalhadoras e não aquelas que contribuíam para o tráfico na região.

4
Madureira - O que diz a presidente do bairro, Teresinha Maria Susin Peroni: 
- O maior número de ocorrências do bairro está relacionada aos furtos de veículos, arrombamentos a residências e assaltos a pedestres. Já tínhamos o modelo antigo de policiamento implantado, mas os policiais tinham uma viatura velha, que vivia no conserto. Agora, com a chegada de um carro novo, creio que o trabalho será mais qualificado.

Jardim América - O que diz o presidente do bairro, Rogério Edson Garcia da Silva: 
- O bairro já chegou a registrar, nos últimos anos, uma média de 15 a 20 assaltos por dia. Em alguns casos, eram empregados até sequestro-relâmpago. Como temos mais de 50 empresas, também já sofremos com ondas de arrombamentos. Quando foi criado um módulo no bairro, há cerca de quatro anos, deu uma acalmada, mas agora parece que os arrombamentos estão voltando.

Universitário - O que diz a presidente do bairro, Jovita da Luz Barros: 
- Eu sempre digo que a droga é a principal ponte para os outros crimes. Temos muitos pontos de concentração de usuários no bairro e eles se articulam para cometer, principalmente, assaltos nas ruas e arrombamentos em residências. Fico com medo quando estou na parada de ônibus, por exemplo, que sei que é um lugar onde eles atacam mais.