Um caso de preconceito envolvendo uma estudante de 16 anos é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DCPA). A garota foi ofendida pela mãe de uma colega durante um treino em uma escola particular de vôlei, na última quarta-feira. Chamada de negrinha e gorda pela mulher, a jovem buscou apoio da família para denunciar o caso à Polícia Civil na sexta.
Conforme o relato da adolescente à polícia, os insultos da mulher começaram após a estudante ter trocado a bolsa da colega de lugar. Para poder sentar na arquibancada, a estudante teria colocado o acessório no degrau superior. Com o peso, a bolsa rolou e volta ao mesmo degrau. A mãe da colega viu a cena e resolveu tirar satisfação com a estudante ao alegar que poderia ter rasgado a bolsa da filha.
- A história parece tão boba, mas ao mesmo tempo pode causar um enorme estrago emocional. Ela simplesmente xingou a minha neta na frente das colegas e de funcionários da escola. No dia posterior fui até lá, para falar com ela, e os insultos continuaram. Na cabeça dela, chamar uma pessoa de negrinha e gorda é normal - argumenta a avó da jovem que trabalha há mais de 15 anos no combate à prática da discriminação racial no município.
Conforme a delegada titular da DPCA, Suely Rech, ainda não é possível tipificar o caso como racismo:
- Para que haja a discriminação racial a pessoa deve ter algum direito restrito. Muitos confundem isso com a questão da injúria, quando uma pessoa é ofendida pela raça, religião ou sexualidade. Entretanto, só poderemos afirmar qual se encaixa no inquérito ao ouvirmos a outra parte.
Preconceito
Estudante denuncia mãe de colega após ser ofendida pela cor da pele em Caxias do Sul
O caso é investigado pela investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DCPA)
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