Secretaria de Trânsito recebe mais de 100 pedidos de quebra-molas por mês em Caxias do Sul

Sem sinalização e mal-acabados, quebra-molas improvisados representam risco e oneram o bolso de motoristas.

Implantadas por moradores indignados do excesso de velocidade na rua onde moram, as ondulações caseiras são proibidas. Conforme o artigo 95 do Código de Trânsito Brasileiro, nenhuma obra que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos poderá ser iniciada sem a permissão prévia do órgão de trânsito.

Um exemplo de quebra-molas irregular é o que foi erguido por moradores há cinco meses na Rua Osvaldo Quetmann Severo, no Monte Reale, em Caxias do Sul. A estrutura de paralelepípedo causa danos aos veículos.

A ondulação está agora parcialmente desmontada pela força da passagem dos carros na rua estreita ou pelas mãos de motoristas inconformados com a lombada não sinalizada. Com esse desmonte, metade da elevação havia virado uma valeta. Agora, camadas de terra colocadas pelos próprios moradores diminuem o impacto no buraco.

Para reivindicar uma lombada, é preciso que a associação do bairro protocole um pedido na Secretaria de Trânsito. Com base na solicitação, uma equipe é designada para analisar a viabilidade técnica da instalação do redutor de velocidade, conforme o diretor de Trânsito, Jorge Catusso.

A reivindicação é livre, mas nem sempre os pedidos são atendidos. Em média, cerca de 100 solicitações por mês chegam à secretaria. São aceitas as reivindicações para minimizar a velocidade em frente de escolas ou de pontos com travessia concentrada de pedestres.

Um dos motivos da negativa seriam as restrições para a instalação de quebra-molas no ponto solicitado ou análises que apontem que a estrutura não seria a solução, e sim traria mais problemas para o tráfego.

Segundo o diretor de sinalização viária da Secretaria de Trânsito, Rogério Garcia, neste ano foram executados 25 quebra-molas. E outros 32 já estão liberados.