Graças à iniciativa de duas recicladoras, alguns meninos e meninas do bairro Aeroporto brincarão com bichinhos de pelúcia, bonecas e carrinhos de plástico descartados por outras famílias em Caxias do Sul.
O material foi retirado em meio às toneladas de papel, plástico e metal dispensadas diariamente pelos caxienses. O gesto pode parecer simples, mas é de uma grandeza singular.
Muitas dessas crianças são pobres e dificilmente teriam acesso a brinquedos não fosse esse interesse em recuperar o que já não serve a outros. A tarefa executada pelos 23 trabalhadores da Associação de Recicladores e Carroceiros Aeroporto (Arca) parte do princípio básico de que tudo pode ser reaproveitado.
Cada integrante da Arca recebe, em média, R$ 600 por mês. Esse é resultado da partilha dos lucros obtidos com a separação e venda do material reciclado. Então, nem sempre é possível comprar presentes para os filhos.
Quando sobra, a prioridade são roupas e material escolar. Filhos de trabalhadores só conheciam alguns modelos de brinquedos através das vitrines ou em propagandas.
- Tem coisa aqui que eu não teria condições de comprar em loja. É só dar uma limpadinha, lavar, que fica como novo - orgulha-se Limarlene Deitos, 50, que teve a ideia de recuperar os brinquedos.
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