Um dos efeitos colaterais causados pela quimioterapia já pode ser combatido e até prevenido: as aftas e feridas na boca, chamadas de mucosites. Como a quimio diminui a imunidade do paciente, o problema é comum. Há casos em que o doente precisa permanecer internado porque não consegue se alimentar. Há cerca de um mês, uma alternativa de tratamento e prevenção é oferecida a quem tem câncer e está internado no Hospital Geral (HG), pelo SUS.
O recurso é chamado de laserterapia e consiste em aplicações de laser geralmente nos mesmos dias em que ocorre a quimioterapia. Por enquanto, crianças são a maior parte dos pacientes. Em poucos dias, os resultados já são comemorados. Crianças e uma mulher que tinham ferimentos na boca já conseguiram se recuperar e comem normalmente. Enquanto prevenção, também já há saldo positivo. Aos quatro anos, Michael Telles da Mota sorri porque pode comer seu prato preferido: batata frita, arroz e carne moída. Na outra vez que ficou internado no HG e sem a laserterapia, o garoto dificilmente conseguia comer, tamanha a dor causada pelas feridas.
- Esse tratamento é uma maravilha, o Michael está mais alegre. Antes, chegou a ficar uma semana sem conseguir comer - comemora a mãe, Marileide Bueira da Mota, 44.
Segundo o coordenador do Núcleo de Saúde Bucal da Secretaria Municipal da Saúde, Raul Vigioli, o investimento com equipamentos é baixo: cada um custa menos de R$ 10 mil. Um professor do Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Rio de Janeiro, realizou o treinamento.
O objetivo é ampliar a oferta gradativamente, assegura Vigioli.
Saúde
Laserterapia previne ou trata feridas na boca sofridas por quem faz quimioterapia, em Caxias
Tecnologia é aplicada inicialmente em crianças e alguns adultos internados no Hospital Geral
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