A diretora do Centro de Atendimento Socioeducativo de Caxias do Sul, Amélia Regina dos Santos Nazario, 48 anos, pediu exoneração do cargo à Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase).
Amélia justifica a saída por problemas de saúde, mas o afastamento dela já havia sido solicitado pela promotora de Justiça Adriana Diesel Chesani. Segundo o MP, a instituição enfrenta graves problemas por falta de funcionários.
Muitas atividades recreativas e educativas estão sendo canceladas porque não há monitores para acompanhar os internos. Isso estaria revoltando boa parte dos menores infratores. Motins e brigas se tornaram rotina porque a atual direção perdeu o controle sobre os adolescente, conforme a promotora.
Adriana aguarda para a próxima semana um projeto de reestruturação do Case, o que incluiria o aumento do quadro funcional e treinamento. Por enquanto, as propostas apresentadas pela Fase seriam apenas genéricas, sem datas definidas para implantação.
De acordo com a promotora, faltam socioeducadores, psicóloga e assistente social. O psiquiatra cumpre apenas parte do horário previsto. O Case tem 25 socioeducadores distribuídos em três plantões de 12 horas.
Para um atendimento eficaz, a instituição deveria ter mais 20 funcionários. A atual diretora do Case ainda não recebeu resposta da Fase sobre o pedido de exoneração.
- Eu entendia que dava para manter as atividades, mas alguns funcionários não queriam porque se sentiam inseguros. Minha saúde está debilitada e não posso continuar com tanta pressão e problemas no Case, só tende a piorar. Fiz de tudo para trabalhar lá, mas enfrentei barreiras - desabafa Amélia.
Segurança
Diretora do Centro de Atendimento Socioeducativo de Caxias do Sul pede exoneração do cargo
Por falta de funcionários, instituição enfrenta constantes motins e cancelamento de atividades para menores infratores
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