Cerca de 250 vigilantes percorreram algumas ruas do Centro de Caxias do Sul, na manhã deste sábado, para reivindicar reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A categoria está em negociação coletiva e pede um aumento de 15% sobre o piso atual, que é de R$ 903,96 por 220 horas mensais.
Além do pleito de um salário de R$ 1.040, os vigilantes pedem reajuste do tíquete alimentação. Hoje, o tíquete vale R$ 8,50 e o desejo da categoria é de que passe a R$ 15.
- Apresentamos nossa reivindicação em 16 de abril e agora recebemos uma contraproposta dos patrões. Querem nos dar 7,08% de reajuste e tíquetes no valor de R$ 11,50. Na assembleia de hoje, a categoria rejeitou essa contraproposta e decidiu se mobilizar, primeiro com uma caminhada e depois com paralisação de dois dias - informa o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Caxias do Sul e Região da Serra Gaúcha, Claudiomir da Silva Brum.
O dirigente avisa que os vigilantes vão cruzar os braços e parar suas atividades na próxima quinta e sexta-feira. Se isso não sensibilizar os patrões, o sindicato cogita a realização de greve. Brum destaca que melhores salários e condições adequadas para desenvolver a função são imprescindíveis para o trabalhador que atua na defesa do patrimônio.
Conforme o sindicalista, a possibilidade da retirada das portas giratórias das agências bancárias é outro ponto que preocupa o sindicato. Brum frisa que, se essa mudança for implementada, será prejudicial, porque amplia ainda mais os riscos aos profissionais da vigilância.
Em Caxias, existem 1,5 mil vigilantes regularizados e com carteira assinada. Em toda a região de abrangência do sindicato, que envolve 24 municípios, o número chega a 3 mil. Segundo Brum, os vigilantes atuam na proteção de patrimônios públicos ou privados e podem estar armados ou desarmados, seguindo as determinações legais.
Mobilização
Vigilantes protestam e pedem reajuste salarial em Caxias
A categoria busca aumento de 15% sobre o atual piso, que é de R$ 903,96 mensais
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