O autônomo Gabriel Stanki Subtil, 18 anos, assumiu a morte da estudante Giulia de Oliveira da Silva, 15 anos, que estava grávida de oito meses.
Acompanhado de advogado, Subtil se apresentou na tarde desta segunda-feira na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), onde prestou depoimento. O rapaz contou que na sexta-feira passada, dia em que a jovem desapareceu, eles se encontraram para uma conversa.
O corpo de Giulia foi encontrado no final da tarde de domingo na represa Samuara, perto da RS-122. Conforme o assassino confesso, ele e Giulia se conheciam havia um ano e haviam "ficado" e mantido relações sexuais algumas vezes. Ao engravidar, a garota teria dito que o filho era de Subtil.
Pelo relato à Polícia Civil, o autônomo procurou a família da moça e disse que, após o nascimento da criança e caso a paternidade fosse comprovada por meio de exame de DNA, ele assumiria o bebê. No entanto, não casaria com Giulia porque tinha uma namorada.
Na quinta-feira passada, a estudante teria mandado um recado para Subtil encontrá-la na saída da Escola Abramo Pezzi, no bairro Rio Branco, onde estudava. Mas o autônomo teria ido ao colégio antes da aula começar, às 13h30min. Do Rio Branco, Giulia e Subtil foram para a represa na moto dele.
Conforme o depoimento, ao ouvir de Subtil que ele não ficaria com ela, a estudante teria lhe dado socos. O rapaz tirou um cordão que segurava suas calças e tentado asfixiar a garota, que teria caído na água. Enquanto Giulia se debatia dentro da represa e pedia socorro, o autônomo pegou a moto e foi embora. Subtil entregou à polícia o cordão que diz ter usado contra a jovem.
Conforme a delegada Suely Rech, no momento, ela não pedirá à Justiça a prisão do autônomo, porque ele assumiu o crime, não tinha antecedentes policiais, trabalha e tem residência fixa. No entanto, após ouvir testemunhas, ter o laudo indicando a causa da morte, que ainda está indefinida, e reunir outros elementos ao inquérito, a delegada poderá solicitar a detenção de Subtil.
