Cartazes, faixas e pedidos de justiça ecoaram forte pelas ruas do loteamento São Gabriel e do bairro Desvio Rizzo, em Caxias do Sul, na manhã deste domingo. Amigos, parentes e moradores da cidade protestaram em repúdio ao assassinato da estudante Giulia de Oliveira da Silva, 15 anos.
O corpo da jovem, grávida de oito meses, foi encontrado boiando na Represa do Samuara no dia 15 deste mês. Ela havia desaparecido no dia 13. Na segunda-feira seguinte, o autônomo Gabriel Stanki Subtil, 18, assumiu a autoria do crime em depoimento à polícia e alegou legítima defesa.
Na manhã deste domingo, cerca de 100 pessoas e uma dezena de carros saíram das proximidades da casa da família de Giulia, no loteamento São Gabriel, e se deslocaram em direção à Igreja do Desvio Rizzo, onde houve uma missa em homenagem à jovem. A maioria das faixas e das camisetas com imagem da menina pedia justiça e a prisão de Gabriel, que não tem antecedentes e responde em liberdade o processo por homicídio.
Um rap criticando a violência a que foram vítimas Giulia e o bebê, que se chamaria Victor, foi elaborado por um amigo da mãe da menina, a agente de serviço Cenira Rosa de Oliveira. Um carro de som tocou a música e acompanhou os manifestantes ao longo da caminhada de duas horas.
Próximo aos trilhos de trem, no Desvio Rizzo, o grupo fez um círculo, reivindicou mudança nas leis, rezou um Pai-Nosso e, por fim, bateu palmas. O pai de Giulia, o mecânico Sidnei Borges da Silva, 50 anos, estava muito emocionado.
- Tiraram o prazer e a chance de um avô segurar seu netinho nas mãos - lamentou.
Amigas da garota e moradores de outros bairros também choraram e levaram um abraço de consolo aos pais de Giulia. A mobilização contou ainda com o apoio de líderes comunitários da Associação de Moradores do São Gabriel e da União das Associações de Bairros (UAB) de Caxias.
Leia a matéria completa na edição impressa do Pioneiro desta segunda-feira.
Manifestação
Amigos e familiares de grávida assassinada protestam e pedem justiça, em Caxias do Sul
Giulia de Oliveira da Silva, 15 anos, estava no oitavo mês de gestação e foi encontrada morta na represa do Samuara
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