O Caxias não quer ficar marcado como um time com dois modos diferentes de atuar na temporada. O técnico Luizinho Vieira quer o mesmo protagonismo do jogo em casa e fora. O desafio é grande para um elenco reformulado. O primeiro teste de fogo será no domingo (26), às 20h30min, diante do Grêmio, na Arena, em Porto Alegre.
O Grená arrancou com uma vitória diante do Monsoon por 1 a 0. O time teve o domínio do jogo, mas sofreu com alguns desajustes normais de um primeiro confronto oficial da temporada. O torcedor saiu satisfeito, pois a perspectiva é de crescimento sob o comando de um técnico propositivo e de um modelo bem definido.
Quanto ao duelo diante do Grêmio, Luizinho Vieira quer o Caxias intenso sem a bola, para não ser dominado.
— É um jogo importante para o contexto. Se tem um jogo que a gente possa, não é arriscar, mas procurar enfrentar de peito aberto, na minha opinião é esse. De ser um time com a construção de todos os momentos na nossa cabeça. Controlar o jogo sem bola, ser agressivo. Até porque, se a gente esperar o Grêmio vir, tem muita qualidade na área. Então, quero bola longe mesmo, sofrer pouco. O treinador já sofre muito. Então, quanto mais longe a gente deixa a bola, melhor — declarou o treinador.
Após 51 dias de pré-temporada, a ansiedade esteve presente na estreia Grená em campo. Apesar deste ponto, o time conseguiu chegar à liderança do seu grupo no fechamento da primeira rodada do Estadual. Uma vitória que trouxe confiança. E o treinador aposta no fator mental para surpreender na Arena.
— São os pilares do futebol, a parte física, técnica e tática. O meu treinamento teve um bom desempenho dentro desses pilares, mas desde então a gente está olhando muito para a parte emocional. Eu gosto desse tema. É a cabeça que comanda todo o processo — analisou o técnico do Caxias, que completou:
— A parte emocional tem uma relação muito grande com todos os jogadores. A confiança é um deles. A gente trabalhou bem dentro da pré-temporada. Então, a vitória contra o Monsoon não é só nos três pontos que nos dá a liderança da chave. Ela também confirma que as ideias foram bem, que a carga foi boa, o time fisicamente entendeu. A gente foi sempre muito competitivo, procurando pressionar até o último minuto. O time vai evoluir, vai crescer.