No futebol, o torcedor pode buscar respostas para muitas situações, mas as explicações são subjetivas. Algumas ficam atreladas ao destino. Neste domingo (8), às 16h, os jaconeros verão o time do Juventude pela última vez em campo em 2024.
O jogo contra o Cruzeiro será com uma mistura de emoções. Quando o torcedor passar pela catraca do Alfredo Jaconi, ele vai respirar fundo e agradecer. Como é bom chegar na última rodada já garantido na Série A do Brasileirão de 2025.
Contudo, a partida diante do time mineiro pode render alguns milhões a mais ao Papo em 2025. Vale uma colocação melhor na Série A e, principalmente, a classificação à Copa Sul-Americana. Quis o destino que o Juventude entrasse em campo diante o mesmo clube que o eliminou da competição em 2005. Agora, o Verdão pode voltar ao cenário internacional em cima do Cabuloso.
— Foi um campeonato de altos e baixos. Mas, na minha visão, mais de altos do que de baixos. Apesar de todas as nossas dificuldades, conseguimos o nosso objetivo. Chegamos na última rodada com a possibilidade de garantir uma vaga para a Sul-Americana, que é algo que o clube não disputa há muitos anos — falou o volante Jadson, que completou sobre os motivos para acreditar na classificação:
— Convicção nesse momento é o nosso ambiente, a nossa casa. Nós temos um campeonato muito forte em casa, até jogos que achavam que não íamos ganhar e ganhamos dos líderes do campeonato, de orçamentos muito maiores do que o nosso. Tem que aproveitar esse momento que a torcida com certeza vai comparecer para fazer uma festa junto com a gente.
Quando a gente entra em campo sem a fome de ganhar, a gente precisa mudar de profissão
JADSON
Volante do Juventude
A classificação para uma competição do tamanho da Sul-Americana seria a coroação de um trabalho de reestruturação que o Juventude passa desde 2021 e, coincidentemente, vem com a chegada também de Jadson. Ele está no seu quarto ano no clube e acompanhou toda a evolução alviverde.
— Fico orgulhoso de poder vivenciar todo o crescimento que o clube teve, principalmente o estrutural. Quando eu cheguei, nós não tínhamos um vestiário decente, nós não tínhamos uma boa academia, mas nós conseguimos um grande objetivo e o clube conseguiu se reconstruir de uma maneira muito interessante. Hoje em dia, nós temos uma estrutura muito boa, condições muito boas de trabalho e acho que é isso que nós jogadores procuramos deixar, um legado — afirmou Jadson, que tem contrato com o Juventude para 2025:
— É óbvio que não acabou ainda, eu queria muito encerrar o ano podendo disputar uma competição diferente no ano que vem, com chances de ganhar. Por que não? Quando a gente entra em campo sem a fome de ganhar, a gente precisa mudar de profissão.