Com o fim da Terceirona Gaúcha e a vaga garantida na Divisão de Acesso 2025, o Gramadense comemora a conquista e também já projeta o futuro próximo do clube. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, Lucas Roldo, diretor de futebol do clube, explicou o projeto do Gramadense:
— Trabalho a longo prazo. A gente vem nessa transição do amador ao profissional desde 2008 e investindo bastante na categoria de base, em nossos projetos sociais de formação aqui dentro da cidade de Gramado. A gente sabia que esse resultado ia gerar frutos. Isso veio até antes do esperado, talvez. Então, estamos muito animados com a possibilidade e agora é reorganizar o clube para os próximos passos.
Durante a Terceirona, o Gramadense optou pela troca no comando técnico da equipe. Saiu Vinicius Nascimento e chegou Carlos Moraes, que conduziu o time ao acesso.
— O Vinícius é um grande profissional, agregou muito aqui na formação do elenco. E a troca foi por motivos pontuais, onde a gente entendeu que o Carlos também iria agregar muito ao projeto, e agregar muito com a experiência que o Carlos já tem de acesso, tanto da Série B à Série A2 e também já teve acesso ao Gauchão à Série A. Fomos muito felizes, mas fica aqui essa ressalva ao trabalho do Vinícius, que foi quem montou esse grupo nesse ano de 2024 — comentou Lucas Roldo.
O Gramadense é um clube sustentável, mas o ano de 2024 trouxe muitos problemas para a região da Serra, por conta da enchente de maio.
— Hoje, o Gramadense é um clube sustentável. Porém, a gente sofreu muito esse ano com a catástrofe climática, assim como todo o estado. Então, vamos ter que fazer alguns reajustes à nossa região aqui, principalmente em função do aeroporto. Gramado é uma cidade turística e foi muito afetada economicamente. Mas hoje a gente vai conseguir finalizar o ano muito bem, e agora é trabalhar para captar novos parceiros, patrocinadores, para que a gente possa dar essa sequência no futebol, com muito pé no chão. Nunca vamos fazer nada que poderá complicar as finanças do clube — declarou o dirigente, que completou:
— Aqui o clube é muito organizado, com o pé no chão. Então a gente sabe que foi um ano difícil, e que os próximos passos vão ser muito cuidadosos, para a gente não endividar o clube. Mas nesse momento o clube é instável e conta com uma gestão que pode servir de exemplo a outros clubes do interior.
NOVO ESTÁDIO
O Gramadense está construindo a sua nova casa. O novo estádio fica localizado às margens da RS-235. As obras atrasaram por conta da enchente e o clube ainda aguarda a definição do calendário da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para saber se poderá mandar os jogos da Série A2 na sua nova casa.
— A questão climática também afetou um pouco a obra. Não vou mentir que atrasou um pouco o planejamento. A gente ficou meses sem poder, principalmente, trabalhar na área do gramado. As áreas internas, os vestiários, o pessoal conseguiu manter a obra, mas foi um pouco afetado. Então atrasou o cronograma. Dito isso, a gente já vem trabalhando com as duas frentes. Em jogar o acesso no campo municipal, o campo da Vila Olímpica, que é uma baita estrutura que a cidade nos cede — revelou Toldo, que completou:
— Claro, com algumas adaptações, porque a gente sabe que a Divisão de Acesso vai exigir um pouco mais. E sim, a gente vem trabalhando com essa possibilidade de finalizar o estádio. Vai depender muito do calendário da Federação Gaúcha. A gente está no aguardo para quando vai ser, em que mês vai começar a divisão do acesso, para a gente entender se é viável acelerar o estádio, ou se a gente vai fazer pequenos ajustes na Vila Olímpica para jogar no campo do município esse primeiro ano.