Para recuperar o bom futebol que levou o Juventude de Thiago Carpini a vencer cinco jogos seguidos na Série B, a tarefa não é das mais simples. Não que o adversário desta quarta-feira (28), às 21h30min, no Estádio do Café, assuste o time alviverde. Afinal, o Londrina luta contra o rebaixamento e é o primeiro fora do Z-4. Os problemas estão no próprio Juventude. É hora de mostrar o real potencial do elenco, com tantos desfalques.
— A cada jogo perdemos um atleta por lesão ou cartão. Esse tem sido um fator de dificuldade. Procuramos escolher as melhores soluções. E retomar, não só as vitórias, mas primeiro o bom futebol. Não gostei da nossa atuação no último jogo. Nós não funcionamos coletivamente e individualmente contra o Sport. Está dentro do processo, afinal são muitas rodadas. Mas são detalhes dentro da partida que fazem a diferença e te deixam muito próximo da vitória ou da derrota — destacou o técnico Thiago Carpini.
O meio-campo alviverde para o duelo no Paraná terá mais mudanças. Jadson está suspenso. Mandaca e Emerson Santos seguem se recuperando de lesões. Nenhum dos atletas que Carpini escolher apresentam características semelhantes aos desfalques. Se optar por Gehring, o comandante alviverde dará um poder maior de contenção, com a presença de dois camisas 5 de origem. O lateral Kelvyn atuará improvisado, uma vez que é lateral-esquerdo de ofício. Outras alternativas mais ofensivas fariam com que o esquema fosse alterado. Nesse caso, Fernando Boldrin, Vini Paulista e Robertinho disputam uma vaga.
Além da escolha por peças, Thiago Carpini terá que lidar com outro problema. É o primeiro momento de instabilidade do time sob seu comando, após as duas derrotas seguidas para Tombense e Sport.
— O jeito é lidar com as mesmas convicções. Eu nem falo em duas derrotas. Falo em sete jogos e cinco vitórias. O saldo ainda é muito positivo. Levando em consideração que contra o Tombense foram detalhes, não fizemos um jogo ruim. Temos a consciência de que precisamos melhorar em relação ao jogo com o Sport e ter uma constância. É um campeonato muito longo, não dá pra oscilar. Não tem momento ruim. Precisamos ser aquela equipe de quando iniciamos contra a Chapecoense. Competitiva, que reconhece suas limitações e que trabalha em cima delas — apontou Carpini, que ainda falou do perfil que busca dar ao time:
— Ser uma equipe com a cara do Juventude, com a identidade desse clube. E como tem sido desde a minha chegada aqui. Independente do resultado, temos que entregar nossa melhor performance. Fizemos uma sequência muito boa e ainda ficamos no meio da tabela. Estamos agora mais próximos do G-4, então uma sequência de vitórias nos coloca numa boa condição.
Para fugir de baixo
O Londrina tem um velho conhecido da torcida alviverde na casamata e outro no time. O técnico PC Gusmão dirigiu o clube em 2009. Já o atacante Paulinho Moccelin, 29 anos, foi formado nas categorias de base alviverde e retornou na temporada passada, sem sucesso.
O momento dos paranaenses não é dos melhores. Com apenas três vitórias em 13 jogos, a luta do Londrina é contra o rebaixamento. O time não vai contar com dois jogadores que estão suspensos. O zagueiro Guilherme Lacerda, que vem jogando improvisado na lateral esquerda, e o volante Moisés Gaúcho, outro ex-Ju, receberam o terceiro amarelo no empate com o Avaí, no sábado.
Na lateral, Nicolas deve ser o substituto. No meio-campo, Natham e Pedro Cacho disputam a vaga de Moisés. O treinador pode ainda alterar o esquema para três zagueiros, optando por Da Silva ou Xandão. Já no ataque, Lucas Coelho e Iago Dias brigam por uma posição.
— Vai ser um jogo muito difícil. Talvez até mais do que contra o Sport. Quando você briga pela sobrevivência é mais difícil. O Londrina está na parte de baixo da tabela. Já estive no Estádio do Café algumas vezes. Jogar em Londrina nunca foi fácil. É uma equipe perigosa, merece todo o respeito. Mas temos que ir fortes contra esses adversários pelas nossas pretensões dentro da competição — finalizou Carpini.